terça-feira, 12 de julho de 2011

Sono Infernal.


A sete palmos acordo,
Estou respirando novamente,
Sentindo agora este mal agouro
O escura deixa lacunas em minha mente.

O que estava em mim me cerca agora,
Saindo da frieza do meu túmulo,
Ainda mais perto da aurora
A atmosfera é de pesar profundo.

A rosa de sétimo dia finalmente secou
Sem saber que morreu por amor.
A felicidade era extinta onde eu me encontrava,
Mesmo sem lembrar onde a morte me abandonara.

Apenas um fragmento de memória restou,
Não derrube a barreira, por favor
Que me poupa da sangrenta sequela
Que este descanço me causou.

A luz no fim do túnel é miragem,
Então não apague a chama
Que me livra da lembrança
Desta sofrida viagem.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Filha Perdida.


Rejeitada pelo Sol,
Um desejo imortal
Queima como um farol
Me revelando o verdadeiro mal.

Demônios tentam comprar meu destino
E nem mesmo um breu amigo
Me livra do eminente perigo.

Quando a esperança se evapora
Sou acolida pela Lua,
Então ouve-se um chamado
Ecoando do passado.

Faz-se o silêncio em memória dos deuses esquecidos
Enquanto a grande Vênus observa seus discípulos,
Porém a noite esconde as lágrimas silênciosas
E as damas em canções dolorosas.

Nomeada guerreira noturna
Confronto olhares vampíricos,
No meio desta aura soturna
Peregrinos pagãos entoam seus hinos.

Me diga,
Oh mãe Lua,
Me dê um sinal de compaixão
E toque para sempre meu frio coração.

quarta-feira, 6 de julho de 2011