domingo, 30 de outubro de 2011

Constrictam Vitae

O desespero corroe meu corpo
E o coração corrompe,
Invadindo pouco a pouco
Aloucura chama meu nome.

Avistando o tênue véu,
Quase alcançando a paz,
Tuas lágrimas me acorrentam a esta sina
E o outro mundo me deixa pra trás.

As orações e súplicas
Fortalecem cada vez mais
Às correntes que me prendem
Aos ossos que sufocam.

Cada gota de sangue
Que não me deixa morrer
Eu derramo sem pena
Para não mais viver.

Recolha suas memórias,
Deite-as em uma lápide
E a noite em sua glória
Espalhará a verdade.

O céu e o inferno
Não passam de ilusão,
Então entregue meu corpo
Ao abraço da escuridão.

Minhas palavras viram cinzas
E são sopradas ao vento,
Então entregue minha alma
Para o repouso eterno.

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