A manhã de domingo estava ensolarada e movimentada, fazendo Hanna se sentir um pouco mais viva. Porém, ao ligar a televisão, ela quase perde o equilíbrio. A repórter dizia que uma mulher havia sido morta em sua própria casa. Teria sido apenas mais uma tragédia, se não fosse pela foto da vítima, onde Hanna reconheceu Melisse, instantaneamente. A mulher de quem ela quis se vingar por tanto tempo, estava com a garganta completamente cortada. Aquilo não era algo para se comemorar, mas ela sentiu uma grande parte daquele peso sumindo, escorrendo suavemente como gotas de sangue quente. No outro dia, teve outra surpresa: o advogado que havia atropelado sua irmã tinha sido executado da mesma maneira, com a garganta cortada. Seria apenas uma coincidência ou algo mais? Ela não havia feito aquilo, mas se sentia mais leve a cada
manhã. No outro dia, mesmo com os recentes acontecimentos, ela não esperava por aquilo. A mulher de seu primo viciado telefonou desesperada, dizendo que ele estava morto.
- Foi um fantasma, Hanna! Eu vi! Juro por Deus que vi! Ele matou meu marido e sumiu no ar!
Ela ficou ainda mais espantada quando ouviu a viúva descrever o assassino:
- Ele tinha olhos que brilhavam no escuro! Um brilho tão maléfico, tão sombrio!
Depois de consolar a mulher, ela desligou o celular e notou um pequeno bilhete debaixo da porta.
Quando abriu o envelope, ela não acreditava no que havia lido, nem que a verdade sobre o estranho que conhecera na lanchonete era tão chocante. No bilhete lia-se: "Fiz por você, querida, os sacrifícios de seu passado. Eu, como mensageiro da morte, costumo ter pena dos vivos. De seu amigo Ceifeiro, Joshamee."
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